Você sabe como funciona a tabela FIPE para carros usados? Caso tenha dúvidas sobre a precificação de seminovos e usados, explicamos tudo sobre a tabela neste artigo. Confira.
O que é tabela FIPE?
A tabela FIPE é uma referência de preços de veículos usados no mercado brasileiro. Foi criada em 1973 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), em parceria com a Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, com o objetivo de ser uma fonte confiável de informação para a avaliação de preços de veículos.
A FIPE é uma instituição de pesquisa econômica vinculada à Universidade de São Paulo (USP) e é responsável por atualizar e manter a tabela FIPE.
Ela utiliza uma metodologia própria para coletar dados de mercado, que são baseados em informações fornecidas por concessionárias, revendedores, leiloeiros e proprietários de veículos.
A tabela é atualizada mensalmente e contempla uma grande variedade de modelos e anos de fabricação.
No geral, as empresas utilizam a tabela FIPE como uma referência de preços para a compra e venda de veículos usados. Ela é usada tanto por empresas que compram e vendem carros, como por seguradoras, bancos e financeiras que utilizam a tabela para a avaliação de valores de garantia e empréstimos.
Três benefícios da criação da tabela FIPE são:
- Padronização de preços: a tabela estabelece um valor padrão para veículos usados, o que ajuda a evitar discrepâncias entre diferentes regiões e lojas. Isso garante uma referência confiável para compradores e vendedores, o que ajuda a evitar fraudes e negociações injustas.
- Transparência: a FIPE é uma fonte de informação pública e confiável sobre os preços de veículos usados. Isso garante uma maior transparência nas negociações e ajuda a reduzir o risco de fraude ou de superfaturamento nas vendas.
Como a tabela FIPE pode ajudar a precificação?
Uma das formas mais simples de utilizar a tabela FIPE nas concessionárias é como ponto de partida para a precificação. Você pode consultar o valor médio do veículo desejado na tabela e, a partir disso, fazer ajustes de acordo com as características do carro que você deseja vender.
Por exemplo, se o carro está em excelente estado de conservação e tem poucos quilômetros rodados, você pode acrescentar um valor extra em relação ao valor médio da tabela.
O mesmo vale para o oposto: carros mais desgastados e que você sabe que darão trabalho para vender podem ser postos abaixo do valor da tabela para atrair mais interessados.
A FIPE também pode ser usada como uma referência para o valor de mercado na hora de fazer um seguro ou financiamento. As seguradoras e financeiras geralmente utilizam a tabela para avaliar o valor do veículo e, assim, definir o valor do seguro ou empréstimo.
O que mais considerar para precificar veículos?
A precificação de um veículo seminovo não depende apenas da tabela FIPE. Ainda que ela seja um excelente ponto de partida, outros 10 aspectos podem ser analisados para adicionar ou subtrair valores. Confira quais são:
- Estado de conservação: um carro em bom estado de conservação tende a valer mais do que um carro desgastado ou danificado.
- Histórico de manutenção: carros que tiveram manutenção regular e documentada tendem a valer mais do que carros sem histórico de manutenção.
- Quilometragem: quanto mais rodado o carro, menor tende a ser o valor de mercado.
- Opcionais: carros com mais opcionais instalados tendem a valer mais do que modelos mais básicos.
- Leilão: carros de leilão normalmente são negociados abaixo da tabela FIPE.
- Idade: carros mais antigos tendem a valer menos do que carros mais novos (com exceções incluindo raridades e veículos com placa preta e itens originais negociados por colecionadores).
- Cor: algumas cores são mais procuradas do que outras e podem afetar o valor de mercado do veículo.
- Documentação: carros com documentação em dia e sem pendências tendem a valer mais do que carros com problemas legais, multas, atrasos.
- Sinistro: carros sinistrados costumam ser negociados abaixo do valor da tabela.
- Número de donos: carros com apenas 1 dono costumam ser negociados em valores mais altos.
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